segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Ser advogado na Austrália (parte II)

Eu costumo receber alguns emails de advogados querendo vir pra Austrália e perguntando sobre o processo de validação.

Gostaria muito de poder ajudar mais, mas como eu já comentei aqui no blog, eu não cheguei a começar o processo, aliás sequer entrei em contato com a Law Society ou a Legal Admission Board de NSW. Tudo o que eu sei foi lendo na internet ou ouvindo outras pessoas falarem.

O site onde tem todo o passo a passo e os requisitos para NSW é esse aqui: http://www.lpab.lawlink.nsw.gov.au/lpab/legalprofession_overseas_practitioners/legalprofession_overseas_practitioners_qualassess.html

Pra quem vem da Nova Zelandia e países da Common Law (como EUA, Inglaterra) o processo fica mais simples, mas países da Civil Law como o Brasil, América Latina e parte da Europa, o processo fica bem mais complicado.

Em parte por isso desisti de validar meu diploma. Não estou mais a fim de estudar 2 anos só pra conseguir a validação, e depois recomeçar a carreira como advogado júnior trabalhando longas horas. Fora que precisaria de um forte investimento financeiro pra pagar a tradução de todas as minhas ementas + IELTS acadêmico (onde vc precisa tirar nota média mínima de 8, sendo mínima de 7 no listening e reading, 8 no writing e 7,5 no speaking) + as matérias que eu teria que fazer + o PLT.

Não conheço ninguém, seja brasileiro ou português, que tenha conseguido validar o diploma de advogado aqui. Os poucos brasileiros que conheci com diploma de direito no Brasil acabaram desistindo no meio do processo de validação, ou sequer começaram e se contentaram com um emprego numa posição de suporte como legal assistant, legal secretary ou paralegal (meu caso inclusive).

Outro ponto é que quem decidir começar o processo tem que estar preparado para o alto investimento financeiro. Primeiro para pagar a tradução das ementas do curso de direito para o inglês, segundo para pagar as taxas da Legal Professional Board (pelo que me disseram, só pra dar entrada na documentação custa uns $400), terceiro para pagar as matérias que eles vão mandar vc estudar + o PLT.

Lembrando que quem tem visto de residência paga os cursos (seja no TAFE seja nas universidades) no mesmo valor que o cidadão australiano, mas não tem direito ao crédito estudantil do governo. Eu achava que tinha, mas quando fui me inscrever no curso que estou fazendo atualmente (nada a ver com direito) indaguei e me disseram que não (a título de curiosidade, o único visto que dá direito a esse crédito do governo é o de refugiado). Até me ofereceram parcelar em 12 vezes (o que é raro por aqui), mas não é esse crédito estudantil do governo que vc pode pagar em mil vezes ao longo da vida e sai bem pouco por mês (fora que vc só começa a pagar quando estiver recebendo um salário mínimo de x por ano).

Fiquem a vontade para me mandar email com dúvidas (denisefpg@gmail.com), mas quanto a validação de diploma de advogado sinto dizer que não tenho mais nada a acrescentar...

Pra não dizer que esse post é só de desencorajamento para os colegas advogados, ressalto que não validar o diploma aqui não significa que vc não possa ter uma carreira na área jurídica. Existem algumas opções que podem ser recompensadoras, como por exemplo:

- é possível (em tese) trabalhar como advogado in-house (no jurídico interno de empresa), ou na parte de consultoria, onde não há exigência de uma licença de advogado. Digo em tese pois acho muito difícil conseguir uma vaga assim só com a experiência no exterior. Pra quem trabalhava com contencioso, como eu, acho bem improvável, mas tenho amigos no Brasil que trabalham com contratos e societário ligado a empresas internacionais, talvez com um currículo assim facilite.

- existem algumas carreiras na área jurídica que não demandam a licença de advogado, mas um bacharelado em direito pode ajudar no currículo. É o caso de conveyancer, debt collector, agente de imigração. Todos esses que listei demandam no geral um curso técnico, que no caso de conveyancer eu sei que tem no TAFE. Eu cheguei a aplicar para algumas vagas de debt collector, usando a experiência que tive no Brasil com recuperação de crédito (pouca, mas já deu pra dar uma enrolada no currículo). Cheguei a ir a uma entrevista num escritório de advocacia, mas acho que eles queriam alguém com mais conhecimento do sistema australiano. Fazer um curso aqui poderia ajudar nesse ponto. Não me interessei em seguir esse caminho pois sempre odiei essas áreas do direito (tanto conveyancing, como debt collection, como imigração).

- posições de suporte ao advogado, como paralegal, legal assistant ou legal secretary. Um paralegal sênior pode atuar exatamente como um advogado, com as mesmas funções, com exceção claro de assinar as peças e prestar consultoria. Fora que essas profissões pagam muito bem. Pra se ter uma idéia, outro dia mesmo uma advogada que trabalha comigo estava comentando que no escritório que ela começou como júnior lawyer, as secretárias ganhavam um salário anual de $80-90 mil dólares, enquanto ela (advogada) ganhava $70,000. Claro que, como eu disse a ela, essas secretárias não tinham uma projeção de carreira de ganhar muito mais que isso, enquanto ela como advogada podia chegar a muuuiiitttooo mais. De todo modo um salário de $80-90 mil já é considerado muito bom, em muitas profissões esse valor vc só alcança com décadas de carreira e olhe lá.
Lembrando que paralegals podem chegar a ganhar mais que secretárias, as vezes $120 mil anuais, o que nem um arquiteto com décadas de carreira muitas vezes ganha. Mas no inicio de carreira um paralegal normalmente ganha menos se comparado com secretária ou legal assistant, principalmente porque normalmente paralegals são estudantes de direito.
Me lembro que nas entrevistas de emprego que fui pra vaga de paralegal chegaram a me oferecer $40.000 anuais, o que dá pouco mais de $600 semanais depois de descontado imposto e superannuation (nesse site tem uma calculadora ótima pra chegar ao valor mensal, já que aqui na Austrália a regra é negociar o salário em termos anuais). Isso dá $16 a hora, sendo que um garçom ou cleaner ganha facilmente $20 a hora (claro, sem emprego fixo, no estilo de casual, sem projeção de carreira, mas enfim, só pra vcs terem uma idéia).

Resumindo, tudo que eu sei sobre o assunto é isso e o que já escrevi antes (aqui e aqui). Se eu souber de alguém que conseguiu levar o processo até o final, volto aqui pra contar.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Mais curso online pra aperfeiçoar o inglês

Já falei do Coursera há uns meses aqui no blog, que oferece cursos online gratuitos.

Essa semana comecei um novo curso, e por enquanto o que mais estou gostando até agora, chamado “An Introduction to Financial Accounting”. Não sei se o que me motivou a fazer o curso foi o fato de sempre ter tido algum interesse nessa área, pelo fato de ter um pai contador que sempre sonhou em me ver fazendo contabilidade, ou se foi o trabalho aqui no escritório onde cada vez mais me dão funções de paralegal e me colocam pra lidar com os balanços financeiros das empresas (não sei se já comentei aqui, mas o escritório que trabalho presta consultoria jurídica na área de mercado de capitais). Eu já tinha uma muito básica noção de contabilidade financeira, mas mesmo assim fico perdida quando tenho que analisar os “financial statements” e me deparo com palavras como "liabilities", "assets", "equity", "GAAP", "revenue". E se tem uma coisa que eu odeio é ficar boiando num assunto ou ficar na base do embromation.

Enfim, me inscrevi nesse curso achando que ia ser boring, mas pra minha surpresa estou adorando! O professor com cara de contador nerd fazendo piada com balancete é ótimo! Ontem comecei a assistir os vídeos da primeira semana (são 10 semanas no total) e fiquei rindo sozinha em casa. rs

Não é nada a minha área, mas além de ser sempre bom ter um conhecimento básico de contabilidade pra manejar as finanças pessoais, é ótimo pra aperfeiçoar o inglês. Fora que conhecimento nunca é demais, certo?

Divirtam-se!

P.S.: Se vc assistir o curso e cumprir as tarefas dadas, ao final vc ganha um certificado de conclusão, que já da pra colocar no currículo. :)

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Notícia bizarra no jornal de Sydney

Primeiro um esclarecimento: SMH é o Sydney Morning Herald, o maior jornal de NSW. Westpac, por sua vez, é um dos maiores bancos da Austrália. E Kent Street uma das ruas do centro da cidade.

Na última sexta leio uma notícia bizarra no SMH, cujo resumo é: assalto a um banco no meio do centro da cidade (de Sydney). As 11:15 da manha de sexta-feira um Porsche (?!?) roubado bate na parede de vidro do banco. 2 homens armados com marretas (?!?) entram no banco e roubam os caixas (se é que conseguiram levar algo, ninguém sabe ainda), fugindo em seguida num Subaru WRX azul. Os funcionários do banco (tellers = caixa do banco) ficaram tão abalados que tiveram que ser atendidos por paramédicos (?!?). Enquanto isso as pessoas em volta tiram foto da cena e alguns chegam a se aproximar do local achando que se tratava de mero acidente de transito (?!?) – ninguém pensaria em assalto aqui, claro!

Segue a íntegra em inglês, com as fotos que ilustravam a reportagem online.



Ram-raid on Kent Street Westpac bank branch


Thieves have carried out a daring ram-raid on a bank in Sydney's CBD, driving a stolen Porsche four-wheel-drive into the front of a Westpac branch.

Stunned witnesses said the robbery occurred on Kent Street about 11.15am, and the vehicle's impact caused the building to shake and the wall to partially collapse.


He said the Subaru was parked behind the Porsche, and the getaway driver was 'clearly getting nervous waiting for the others to come out, especially as a number of people were photographing him'

Two masked men, armed with sledgehammers, were seen running out of the building carrying bags and hopping into a stolen blue Subaru WRX getaway vehicle, where a driver was waiting.



Ram raid: the scene where two men raided a Westpac bank. Photo: Twitter: @harperkiwibird


The entire robbery took less than five minutes, with bystanders capturing photographs of the bandits while the robbery was in progress.

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An officer worker, who asked not to be named, said he was walking down Erskine Street when he heard a loud bang.

‘‘At first we thought it was coming from some building works,’’ he said.


A masked man is seen outside the bank.


‘‘Then [we] looked back and saw the Porsche drive into the wall and people in masks get out and run into the bank. It looked to me like they were equipped with sledgehammers.’’

The office worker called triple-0.

He said the Subaru was parked behind the Porsche, and the getaway driver was ‘‘clearly getting nervous waiting for the others to come out, especially as a number of people were photographing him’’.


Daylight robbery: the thieves rammed a car into the Westpac branch. Photo: E Lawler


‘‘He started shouting to the others to hurry up. After a few minutes the others came out and the Subaru sped off, turning down Napoleon Street. I didn’t think they got away with much, if anything,’’ he said.

The vehicle that rammed into the bank appeared to be a Porsche Cayenne.

Police said the men entered the bank through the opening and took money from the tellers.


The Porsche Cayenne reportedly used in the attack. Photo: Supplied


Acting Superintendent David Roptell, commander of The Rocks local area command, said a number of bank staff members were shaken up and had been treated by paramedics.

"It's a brazen attempt as you can see. The offenders and their faces were obscured," he said.

"We’re appealing for witneses that were in the area that may have seen this incident [to contact police]."

He said it was unclear at this stage how much cash the thieves took from the tellers.

Lars was walking down Kent Street on his way to a job interview when the Porsche crashed into the bank five metres behind him.

‘‘There was a massive thud, a crash,’’ said Lars, who did not want his surname used.

‘‘They didn’t get through the glass the first time. They reversed out and went straight back in.

‘‘Two men ran out of the four-wheel-drive and ran inside [the bank], and a blue WRX hatchback was waiting out the front. Probably about a minute later you could start hearing police sirens, and that’s when the driver of the second car started beeping his horn. He held down the horn when they started getting closer.’’

He estimated the whole robbery took only a couple of minutes.

Lars said the men were quite large - at least 180 centimetres tall - and were wearing white cloths or bandanas over their faces.

Lars said he knew immediately that the men were targeting the bank, and he ran behind a concrete pillar in case they were carrying weapons.

But other bystanders began approaching the vehicle.

‘‘People were walking up to it because they thought it was an accident,’’ he said.

Matthew, who works in the building opposite the bank, said the four-wheel-drive crashed through the bank's front window, where it remained with its hazard lights on.

"They entered the building and came out ... with some bags and escaped in a second vehicle,’’ he said.

‘‘There is an ATM right next to where they rammed, and it has a little bit of damage, but it looks like they were trying to enter the bank.’’

He said people in his building heard a loud bang when the vehicle crashed into the window.

There were quite a few people in the street at the time, he said.

A Westpac spokesman confirmed there was an ‘‘attempted robbery’’ on the Kent Street bank.

‘‘No physical injuries to staff or customers have been reported at this time,’’ he said.

‘‘Our priority is our customers and our employee’s safety and we are currently providing support to them at this time.

"Police are currently investigating the matter and we are unable to provide further comment.’’

A number of customers were believed to be in the branch at the time.



quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Horário (limitado) de funcionamento do comércio

Estou a semana toda querendo ir no shopping depois do trabalho ver coisas pra casa, mas nunca consigo porque as lojas fecham as 5 da tarde! Isso porque moro em Sydney, não numa cidadezinha do interior do país... Falando nisso, me lembro quando fomos pra Perth há uns anos atrás e era ainda pior, um dos motivos porque eu nunca me acostumaria a morar lá...

Eis que hoje, finalmente, devo conseguir ir, pois toda quinta-feira é “Late Thursday” e as lojas ficam abertas até tarde (tipo 9 da noite, nossa! #sóquenão).

O mais bizarro é que outro dia descobri que o K-mart perto da minha casa fica aberto 24horas! Cadê a lógica disso? Aliás, eu gostaria muito de saber quem vai no K-mart no meio da madrugada...

Falando em horário de funcionamento de lojas, se tem uma coisa que também não me conformo é com restaurante fechando cedo a noite. Normalmente o almoço é servido nos restaurantes entre meio-dia e 3 da tarde, e o jantar entre 6 e 9. Conseguir um lugar decente (tirando fast food, claro) pra comer depois de 9, 10 da noite é tarefa quase impossível! Já mais de uma vez rodamos pela cidade com fome e acabamos parando num Subway da vida, ou pedindo pizza, por serem as únicas opções disponíveis. Claro que há exceções (e essa matéria do Sydney Morning Herald está aqui pra provar), mas de uma forma geral o comércio funciona de forma bem limitada a noite. Assim como os ônibus e os trens, mas isso já é assunto pra outro post...

Ainda bem que eu sempre fui uma pessoa diurna, prefiro acordar cedo e aproveitar o dia (e, claro, durmo cedo), mas de vez em quando ainda bate uma saudade de sair pra dançar e voltar pra casa as 7 da manha, jantar um pouco mais tarde, etc.

Coisas de Austrália...

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Mudança de apartamento

Post vapt vupt só pra não deixar o blog parado. Como já comentei, nos mudamos no último sábado e com isso minha vida anda meio corrida.

Felizmente correu tudo bem com a mudança, muito melhor do que eu esperava. O cara que contratei fez a mudança direitinho, o cleaner (um colombiano suuupppeeerr gente boa, quando fomos entregar as chaves na casa dele, só faltou ele nos convidar pra entrar e tomar um cafezinho. rs) deixou a casa antiga um brinco e nos garantiu o bond de volta sem traumas (confesso que suei frio na inspection final, fiquei com medo dela reclamar de algumas manchinhas aqui e acola), a moça da imobiliária que cuida do nosso novo apto é um amor (um exemplo: mandei um email pra ela semana passada dizendo que tinha agendado a conexão da luz no novo apto pra sexta-feira, um dia antes da mudança – já que eu mudaria no sábado e precisava de luz no fim de semana –, e a companhia de luz tinha pedido para que o interruptor geral do apto estivesse desligado. Não é que em menos de 1 hora ela me responde o email dizendo que tinha ido no apto – que fica a 2 quadras da imobiliária – e desligado o interruptor geral pra mim? Uma fofa, super atenciosa).

A única dor de cabeça está sendo a transferência da internet (de novo! saga anterior aqui e aqui), ontem liguei pra TPG soltando os cachorros, p* da vida (vcs tem idéia de como é difícil reclamar, xingar, etc, em inglês??? Outro dia eu tava vendo um vídeo com o Fabio Porchat no Youtube e ele fala disso, que vc quer dizer mil coisas e no final mal sai uma frase inteligível... haha), mas a moça que me atendeu foi tão, mas tão simpática, que no final estava até batendo papo furado com ela e rindo (depois de mais de 1 hora pendurada no telefone, a historia dava ate um post). Todo operador de telemarketing tinha que ser assim, pena que não anotei o nome dela (acho que ela era indiana, e os nomes são sempre complexos demais pra eu entender... rs) pra fazer um elogio formal pra empresa. Enfim, mesmo com a boa vontade dela o problema não foi resolvido ainda...

Outro “problema” da mudança é que esse apto é bem maior que o anterior e com isso nossos móveis ficaram “voando” na sala. E claro que eu, com o devido incentivo do Thiago (que é um consumista mor!), estou numa saga pra decorar o novo espaço. Como não quero gastar mais dinheiro, aderi a onda do DIY (do it yourself, o nosso famoso faça você mesmo). Estou com mil idéias (washi tape, papel contact, tinta spray), só falta tempo de colocá-las em prática... Com isso meus dias estão uma loucura, todo o tempo livre estamos rodando lojas, pesquisando material, vendo tutoriais na internet.

Aos poucos quando formos montando/pintando/decorando coisas novas venho aqui contar e explicar a saga de conseguir achar materiais em inglês e as respectivas lojas que os vendam.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Caminhada - Milsons Point to Balmoral Beach

Há umas 2 semanas atrás fizemos uma (longa) caminhada pelo norte de Sydney.

Sempre gostamos de fazer trilhas, e Sydney é a cidade perfeita pra isso, tem dezenas de percursos ótimos, com caminhos bem cuidados, mapas grátis distribuídos em vários pontos, banheiro público, água, etc. E com a temperatura sempre por volta de 20graus, muito sol, céu azul e verde pra todo lado, é um convite pra esses passeios.

Essa foi a caminhada mais longa que fizemos aqui na Austrália (que eu me lembre), durou ao todo umas 5 horas (+/- 14km), claro que contando as paradas pelo caminho pra café, lanche, etc.

O percurso é bem tranqüilo, tem uma ou duas subidas (pequenas) mas no resto é plano e bem sinalizado. Vou dando alguns detalhes no decorrer das fotos:




Começamos na estação de trem de Milsons Point, onde começa o traçado rosa no mapa acima (seta preta). Esse mapa vai até Manly, mas nós paramos em Balmoral Beach (seta vermelha).

O primeiro contorno pra baixo do mapa é Cremorne e o segundo Taronga Zoo, passando por vários bairros como North Sydney e Mosman.


As fotos abaixo são do trajeto por Cremorne Point, onde tem uma reserva natural e uma piscina pública. Coloquei os links pra quem quiser pesquisar mais.














Saindo de Cremorne em direção a Mosman (ambos bairros beeemmm caros pra se morar):




Uma das muitas casinhas “modestas” pelo caminho, com piscina voltada pra baía:




Parada para o lanche nos jardins do Athol Hall:








Parada em Chowder Bay:




Nova parada em Georges Head:






Não sei porque não tiramos foto em Balmoral Beach, provavelmente porque estávamos com muita fome e já cansados de andar. rs Mas paramos num restaurante/cafe/bar bem legal lá pra tomar uns drinks, chamado “The Boat House”. Eis algumas fotos:








E pra encerrar, uma das minhas praias preferidas em Sydney – Balmoral Beach:





domingo, 1 de setembro de 2013

End-of-lease cleaning (ou bond cleaning)

Como eu comentei no outro post, estamos envolvidos com a mudança de apartamento, que ocorrerá no próximo sábado.

Uma das coisas que me preocupa é deixar o apartamento bonitinho pra vistoria final, pra que não nos cobrem nada. Quando enviei pra imobiliária o aviso prévio de que iríamos nos mudar, eles enviaram uma carta com o valor remanescente de aluguel devido (pro rata ao dia da mudança) + um documento com a lista de coisas que tinham que ser limpas no apartamento.

A princípio tínhamos pensado em nós mesmos fazer a limpeza quando sairmos, mas depois de ver a gigantesca lista abaixo mudei de idéia.



Já ouvi histórias de gente que fez a limpeza por conta própria, teve um trabalhão, e no final mesmo assim a imobiliária achou uma besteira pra reclamar e descontar $200/$300 do bond pra contratar uma limpeza profissional. Pra não correr esse risco (e porque no way que eu vou ficar limpando no meio da persiana, o trilho do armário de correr minuciosamente, as paredes, etc) resolvemos contratar uma empresa de limpeza.

O negócio é tão comum por aqui que existe um serviço específico chamado “end-of-lease cleaning”, ou “bond cleaning”. Cotei com umas 5 empresas que achei na internet, e o valor pra um apto de 1 quarto com varanda ficou entre $200 e $300. Valendo ressaltar que isso não inclui a limpeza profissional do carpete, só uma passada de aspirador de pó nele. Muitas pessoas contratam também a limpeza do carpete, e o agente da minha imobiliária até me questionou se eu ia contratar, mas disse a ele que nunca derramamos nada no carpete (somos super cuidadosos), nem andamos de sapato em casa, então eu não via necessidade dessa limpeza mais profunda.

Um fato interessante é que a maioria dessas empresas de limpeza (senão todas) dão uma garantia chamada “bond back guarantee”, que significa que se depois deles limparem a imobiliária reclamar de alguma sujeira, eles voltam no apto e limpam de novo, garantindo que o “bond” será devolvido integralmente pro inquilino.

(um adendo: como eu acho que comentei no outro post, contratar limpeza profissional ao término do contrato não é obrigatório, e é ilegal qualquer cláusula no contrato de aluguel estipulando isso. O que acontece é que as exigências de limpeza são tão minuciosas que muitas vezes as pessoas acabam pagando esse serviço de qualquer forma. Me lembro que quando entramos no nosso atual apto ele estava tinindo de limpo. Só espero que o próximo esteja assim também...)

No final das contas acabei fechando essa limpeza com um cara (colombiano, uma figura por sinal, ficamos conversando em espanhol um tempão) indicado pela própria imobiliária, cujo preço ficou mais ou menos na média dos outros e tem a vantagem de já ser conhecido pela imobiliária e saber as exigências deles.

Fingers crossed pra ver se vai sair tudo direitinho e vão devolver nosso “bond” integralmente...