sábado, 3 de dezembro de 2011

O que “vamos / não vamos” sentir falta do Brasil.

Uma das coisas que eu e Denise mais conversamos entre nós e os amigos é a falta que vamos sentir das coisas aqui do Brasil. Na verdade nós só podemos imaginar, pois nunca moramos fora do país, nem por um período curto de tempo e portanto só vamos ter certeza do que vamos sentir falta ou não quando estivermos morando lá.

Mas acompanhando alguns blogs de brasileiros que já estão morando na Australia eu me deparei com este post que eu achei muito interessante. O autor, desculpe mas não lembro que foi que postou isso, fez uma lista do que ele achava que iria sentir falta e o que ele não sentiria. Depois de um ano ele fez uma revisão de tudo que ele tinha listado para realmente afirmar os cada ponto da lista ou perceber que não era bem aquilo que ele pensou. 
Seguindo o mesma ideia, nós fizemos a nossa lista (a lista não segue uma ordem de importância ou algum algo deste tipo):

Vamos sentir falta da/do...
  1. Família: do natal, do almoço de domingo, das festas de aniversario, do carinho, apoio e segurança que eles nos dão.
  2. Amigos: das cervejas no plebeu, das discussões sobre assuntos polemicos, dos encontros, festas e reuniões, dos amigos de verdade que podemos contar a qualquer hora.
  3. Comida: feijoada, dos churrascos com carvão e picanha na brasa, das comidas regionais (tapioca, rabada, moqueca, etc.), dos restaurantes de botafogo, da comida bem servida dos botequins.
  4. Musica: do forro e samba do democráticos, das marchinhas dos blocos de rua, dos shows no circo voador, do chorinho da feiras de domingo, das musicas regionais, mpb em geral, etc.
  5. Diversas casas de suco natural do Rio.
  6. Mate de latão e do biscoito globo da praia.
  7. Bares da lapa.
  8. Praias do Rio e do Brasil.
  9. Doces com sabor, leite condensado, brigadeiro, requeijão, etc.
  10. Carnaval.
  11. Calor do povo brasileiro.
  12. Futebol toda quarta e domingo.
  13. Informalidade do carioca.
  14. Língua portuguesa.
  15. Almoçar comida nos dias de trabalho.
  16. Dançar forró, samba, etc.
  17. Belezas naturais da cidade maravilhosa (montanhas, cachoeiras, animais, natureza em volta da cidade).
  18. Cinemas alternativos de Botafogo com varias opções de filmes fora do circuito normal, além do festival de cinema do Rio.
  19. Passeio na Lagoa no domingo.
Não vamos sentir falta da/do...

  1. Corrupção / transgressão das leis.
  2. Bagunça urbana das cidades.
  3. Jeitinho brasileiro / malandragem do carioca.
  4. Gente furando fila.
  5. Lixo nas ruas.
  6. Aspones.
  7. Burocracia do serviço publico.
  8. Desperdício da coisa publica.
  9. Descaso das autoridades.
  10. Concurseiros de plantão doidos pra passar em um concurso publico pra mamar nas tetas do governo e participar da festa do desperdício.
  11. Desemprego ou a falta de oportunidade de mudar de ramo, da estabilidade profissional mesmo em áreas privadas.
  12. Desigualdade social / pobreza.
  13. Custo de vida no Rio.
  14. Violência.
  15. Falta de educação e solidariedade das pessoas.
  16. Desrespeito com o próximo, com o meio ambiente, com o patrimônio publico, etc.
  17. Qualidade dos serviços públicos (saúde, transporte, educação, cultura, etc.).
  18. Falta de apoio do governo.
  19. Falta de estabilidade, segurança para planejar o futuro sem ter que passar pra um cargo public.
  20. Indicação para se dar bem, QI.
 

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Começando a pensar na minha vida profissional na Austrália

Desde que recebemos o visto, e até antes disso, eu já tinha pensado em como seria minha vida profissional na Austrália. Meus planos, basicamente, eram: vou recomeçar do zero.

Sim, porque na minha área (Direito) eu sabia que não ia conseguir emprego sem ter que revalidar o meu diploma, o que é um árduo caminho e implica em refazer matérias, fazer prática forense, refazer o IELTS (e com exigência de ser o acadêmico e obter média 8, sendo a nota mínima de 8 no writing, 7,5 no speaking e 7 no reading e listening - ou seja, ferrou! rs).

Isso tudo somado ao fato de eu estar cansada da minha área e precisando de uma desculpa pra recomeçar numa nova profissão, pronto, cheguei à conclusão: iria recomeçar do zero.

Só que com a proximidade da data da viagem, as coisas começaram a mudar de figura e começou a bater o desespero. Vou recomeçar do zero fazendo o que? Se for outra profissão, teria que recomeçar tudo de novo na faculdade, e não sei mais se tenho saco pra isso (o fatídico aniversário de 30 anos contribuiu pra isso, com certeza... rs). Pensei, ok, posso trabalhar com qualquer outra coisa até me decidir. Mas trabalhar com o que? Tirando 3 meses de um primeiro emprego aos 18 anos, sempre trabalhei com Direito. Nunca fiz um intercâmbio, trabalhei em loja, nada do tipo, que experiência eu tenho pra procurar um emprego qualquer?

Aí, voltei a pensar no mundo jurídico. Com a brilhante ajuda do Thiago (que é impressionante na arte de achar coisas na internet, eu fico cansada só de pensar em procurar informação no google, já ele é insaciável nas buscas!), comecei a cogitar tentar um emprego como legal assistant (paralegal, clerk, etc). Só que ando na dúvida se vou conseguir uma chance nessa área, se a minha experiência como advogada aqui (7 anos de formada + 3 de estágio) conta pra alguma coisa. Quero muito acreditar que sim.

O fato é que agora comecei a me preocupar mais seriamente com isso. A reunir os documentos que vou precisar pra tentar validar o diploma, a procurar cursos rápidos de barista ou bartender (o que não tem sido fácil, já que até final de dezembro ainda trabalho em tempo integral), pra ver se ajuda na busca por um emprego.

Mas que dá um nervoso, isso dá. Estou há quase 10 anos trabalhando no mesmo local, nem me lembro mais como é fazer uma entrevista, que dirá em inglês e em outra área... Fora que tenho um bom emprego aqui, uma certa estabilidade, um salário mais do que suficiente para uma vida até certo ponto confortável. E em janeiro vou deixar tudo pra trás, com uma poupança que não durará nem 1 ano na Austrália, e sem nenhuma perspectiva de que emprego vou conseguir e quanto tempo isso vai levar.

Realmente, cada vez mais me convenço que as pessoas têm razão, somos mesmo muito corajosos em largar tudo e ir pra Austrália... rs

Denise

sábado, 1 de outubro de 2011

Apartamento alugado!!

Ainda não é o nosso apartamento definitivo, mas conforme disse no ultimo post., o preço da diária é igual ou menos que um hotel. Acabamos escolhendo um ape de quarto e sala para termos mais conforto. É claro que no site que eu indiquei tinham diversos apartamentos mais baratos oferecidos por particulares, mas achamos mais seguro pagar mais caro e fechar com um real estate agent.

Fechamos tudo por e-mail e fizemos a reserva por cartão de credito de 100 aud, 30 dias antes de chegarmos   a agencia fará o deposito completo. A agente foi super atenciosa e tirou todas as minhas milhares de duvidas e fez diversos orçamentos de outros apartamentos até nós voltarmos para a primeira opção, hehe.

Enfim agora estamos mais tranqüilos pois sabemos que teremos um teto nas primeiras semanas!

Ai vai o link do "nosso" ape temporario:

http://sydney.gumtree.com.au/c-Unit-House-Real-Estate-short-term-Fully-Furnished-Zoes-Sydney-Retreat-W0QQAdIdZ213188214

Abraço,

Thiago.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A procura de moradia temporária

Após os primeiros meses de planejamento da nossa saída do Brasil, ficamos um pouco parados em relação as atividades para a viagem já que muita coisa só poderá ser resolvida no último mês. De qualquer forma eu já estou de olho nos preços dos alugueis e principalmente no tipo de moradia que vamos ter nas primeiras semanas...

Fiz algumas pesquisas de hotéis e lodges e cheguei a conclusão que seria muito caro passar as primeiras semanas assim, os quartos mais baratos são micros, não caberia nós e mais 6 malinhas, hehe. Alem disso ficar comendo na rua todo dia sairia muito caro, portanto tentei procurar algum apart. hotel, ou algum hotel que os quartos tivessem uma copa. Achar eu achei mas os preços... Realmente Sydney não é nada barato, principalmente nesta época do ano e quando se esta convertendo pro real.

Bom, após pesquisar muito percebi que a melhor opção de custo beneficio seria alugar um short term apartment. Entrei no Gumtree onde o numero de ofertas para este tipo de aluguel é grande, tem desde gente alugando a casa enquanto sai de ferias até imobiliárias com apartamentos de temporada, e procurei apartamentos anunciados por imobiliárias já que seria mais garantido fazer uma reserva. Acabei achando um   studio bem pequeno, mas super em conta e bem localizado.

Estamos agora tentando fazer a reserva com a imobiliária, tomar que pelo menos as primeiras semanas nós consigamos ficar abrigados. Depois que chegarmos em Sydney será a hora de procurar o apê definitivo, e aí o buraco é mais embaixo... hehe

Mas isso é estória pra depois....

Mandarei notícias quando souber de mais detalhes. Abraço!

sábado, 10 de setembro de 2011

Minha pequena contribuição

Sempre penso em escrever, mas me falta inspiração... Fora que fico meio tímida, já que o Thiago é que é o expert do casal. Ele está sempre tão antenado, conhece tudo, pesquisa tudo, conhece todos os blogs, tem todas as respostas na ponta da língua (onde vamos morar quando chegarmos na Austrália, quais os primeiros passos, qual plano de telefone e internet adquirir, até o melhor emprego pra mim ele já pesquisou! rs).

Com isso fico numa posição tão cômoda, que confesso me dá uma preguiça procurar algo, começar do zero. Ao mesmo tempo me bate uma insegurança não andar com minhas próprias pernas, não "desbravar" essa nova vida que se aproxima.

Tento me conformar que na verdade tenho um ritmo diferente, talvez seja até mais destemida que o Thiago, sob um certo aspecto. A decisão de ir pra Austrália foi tomada há tempos, e nunca parei para repensá-la. Tenho certeza que seremos felizes lá, e que as coisas vão se acertar mais cedo do que imaginamos. Afinal, o que realmente importa levaremos conosco: nós dois e nossa vontade de construir um lar juntos. Mas que dá um frio na barriga, ah, isso dá! rs Mas o que seria da vida sem esse frio na barriga? Não teria a menor graça!

Nem me lembro mais pq comecei esse post... Tenho que aprender a escrever de forma mais objetiva... haha E a ter assuntos mais interessantes pra escrever! Mas acho que já já isso acontece, os meses estão voando e janeiro se aproximando...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Sydney a 6ª melhor cidade para se viver no mundo!

Acaba de sair mais um levantamento das melhores cidades para se viver no mundo feito pelo Economist Intelligence Unit survey. Mais uma vez as maiores cidades australianas estão no topo da lista, salvo Brisbane que não está no top 10. O que mais surpreendeu desta vez foi que Melbourne saiu da quinta posição e deu um pulo para a primeira, desbancando todas as cidades canadenses a as cidades européias. 

As cidades são avaliadas em estabilidade política e social, índices de criminalidade e de acesso a saúde de qualidade, entre outras coisas. A pesquisa também mede a diversidade e padrão de eventos culturais e do ambiente natural, a Educação, e o padrão de infra-estrutura, incluindo transportes públicos.
Se você quiser ler as reportagens oficiais (em Inglês), dê uma olhada nos endereços abaixo:



O novo ranking ficou assim:
 
1 Melbourne, Australia
2 Vienna, Austria
3 Vancouver, Canada
4 Toronto, Canada
5 Calgary, Canada
6 Sydney, Australia
7 Helsinki, Finland
8 Perth, Australia
8 Adelaide, Australia.
10 Auckland, New Zealand

No meu ponto de vista existem outras coisas que devem ser levadas em consideração, e uma delas é o estilo de vida de cada cidade e claro o clima. Apesar de Melbourne estar em primeiro lugar, eu não mudaria minha escolha de morar em Sydney para viver na melhor cidade do mundo, isso é minha opinião, e da Denise também. Melbourne é uma cidade fantástica, mas com um clima completamente louco e com um estilo de vida mais urbano, tipo São Paulo, o que não faz muito nossa cabeça. 

Portanto, preferimos ficar com a 6º melhor cidade de se viver no mundo, o que para nós já é o suficiente! Não fazemos questão do primeiro lugar, pois para nós Sydney já é a numero 1, haha. Já estou praticando o regionalismo defendendo a nossa nova cidade!
De qualquer forma estamos muito felizes em ver mais uma vez a Austrália no topo da lista!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Voltando pra casa da mamãe

Após a grande notícia do visto ter sido concedido, da compra das passagens, e do “garage sale” (que por sinal foi sucesso total, valeu família e amigos!), chegou a hora de empacotar o que sobrou de nossos pertences e se mudar pra casa da minha mãe. Decidimos nos mudar o quanto antes e entregar o apartamento pois será uma boa economia não ter que pagar aluguel e outras despesas...

É claro que não esta sendo fácil para nós ter que voltar a morar e dividir o espaço com outras pessoas, nós estamos sentindo falta da nossa privacidade, nossas coisas, nossa vida a dois, mas sabemos que é por uma boa causa. Sabemos que daqui a 6 meses teremos a oportunidade de escolher nosso novo apê, de montar nossa casa do nosso gosto, enfim, será uma fase de renovação e novas experiências.

Eu diria que estamos indo bem com o nosso checklist inicial, já adiantamos muita coisa e pelo que me parece faltará apenas algumas coisas burocráticas e financeiras, depois disso é arrumar as malas e partir! Simples não? Hahaha.

Veremos nos próximos capítulos....

Um abraço!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Visto estampado!

Não podia  deixar de postar este momento tão esperado: o visto estampado no passaporte. Apesar de todo mundo dizer, inclusive o DIAC, que a Grant Letter é suficiente para entrar no país, é muito gratificante e garantido ter o visto colado.

Parece que só quando o passaporte chegou é que eu me senti realmente realizado. Estranho talvez, mas foi um sentimento de dever cumprido depois de 2 anos e meio de luta...

Quem diria que este tempo todo de planejamento, dedicação, investimento financeiro, paciência, etc., se resumiu no final em um adesivo no passaporte, hehe.

Mas este adesivo vale ouro! Pelo menos para nós...

Abraço.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Passagens compradas!

Depois da euforia dos primeiros dias de comemoração do visto, nós colocamos em prática o checklist do pós visto. A primeira providencia tomada foi enviar os passaportes para a embaixada é claro (nada melhor que ver o visto estampadão no passaporte) e também comprar as passagens! Alguém pode estar se perguntando: mas já? Sim, quanto mais cedo comprarmos mais chance de conseguir um preço melhor.

Como eu sou total control freak, antes mesmo de sair o visto eu já estava pesquisando preços de passagem, hehe. Portanto não precisei perder muito tempo com isso. Primeiramente eu preciso deixar claro que minha pesquisa se limitou apenas a rota de voo pelo pacífico (por ser a rota mais curta) e pelas companhias Lan e Quantas, nada de Aerolixos ou similiar.

Pode parecer frescura da nossa parte mas pra uma viagem entre 25hs e 30hs contando todas as conexões, etc.,  uma boa companhia de viagem faz a diferença. Nós que já fizemos esta viagem sabemos muito bem o quão cansativo é.

Fica aí a dica, quem quer ter uma aventura de voo vai com a Aerolixos mas quem não quer ter imprevistos voe de Lan e Quantas. O tempo de viagem pela rota da Quantas é bem menor pois eles pegam a rota mais curta por Buenos Aires, reduzindo a viagem para umas 20hs, mas nem sempre os preços são em conta. Para janeiro as passagens da Quantas estava bem maior que a Lan mas o em compensação o voo da Lan é noturno deixando tudo o voo mais relaxante.

Como teremos muita bagagem para levar e gostaríamos de um conforto maior por ser uma viagem longa, achei por bem gastar mais um pouco e pagar uma classe executiva. Esta foi outra vantagem de comprar com muita antecedência, conseguimos uma diferença de apenas R$ 800 no upgrade de cada passagem para a executiva, com direito a mais uma mala e o dobro de peso na bagagem de mão. Fica aí outra dica, as companhias de viagem atualmente estão fazendo boas promoções pra classes superiores, o que antes nem existia, as tarifas eram cheias para as estas passagens.

Bom, cada a data marcada fica tudo mais concreto,  agora não tem volta, em 28 de janeiro de 2012 estaremos embarcando para nossa jornada para o Down Under! Uhuuuuu !!

domingo, 19 de junho de 2011

Saiu nosso visto !!!!!

Depois de 2 anos e meio de muito planejamento, dúvidas, expectativas, incertezas, ansiedade, espera, muitaaaaa espera..... Finalmente a tão sonhada Grant Letter chegou na minha caixa de e-mail em pleno sábado!!! Como assim? Eles trabalham sábado?

Foi realmente inesperado, pois nunca checo nada da imigração durante o fim de semana. Mas neste sábado, em especial, eu estava no final da tarde deitado na cama descansado, brincando no ipod, e resolvi dar uma olhada no fórum. Eis que vejo pessoas dizendo que acabaram de receber o Caser Officer, em pleno sábado. Num primeiro momento fiquei puto, pois todo mundo que aplicou na mesma época que eu estavam recebendo noticias e eu ainda nada. Fora que o prazo de 3 meses que eles me deram no e-mail de março se expirava naquele dia exato!

Foi então que resolvi entrar no meu e-mail, só de bobeira, e o primeiro e-mail que entra na caixa de correio é um tal de “Adelaide.immi”, algo assim. Pronto, já dei um pulo da cama, mas ainda assim achei que seria no máximo o CO (Caser Officer) se apresentando e pedindo algum documento que faltou, como todo mundo estava recebendo, ou o departamento de imigração dizendo que eles não iriam cumprir os 3 meses...

Só que o e-mail não solicitava nada! Na verdade, era sim o CO, mas só tinham umas 3 linhas dizendo alguma coisa que eu nem prestei atenção, o que me chamou atenção foi o arquivo anexo, um PDF intitulado: grant letter!!

O sono que eu estava sentindo sumiu na hora, corri pro computador pra ler direito o e-mail pra ver que eu não estava sonhando ou se tinha visto algo errado! Não tinha nada errado no e-mail, conforme muitos colegas do fórum previram, nosso visto realmente saiu sem nenhum contato do CO, solicitações de novos documentos, verificações junto `as empresas que eu trabalhei, ou seja, minha aplicação saiu perfeita, tirei 10 na prova de agente de imigração amador! hahaha

O meu status no site de imigração nem mudou durante o processo, apenas nossos exames médicos foram adicionados, mas não aparecia CO, documentos em análise ou "met", NADA! Não tivemos como saber em que pé andava o processo, foi uma surpresa receber o visto 3 dias depois dos exames médicos serem finalizados, fantástico!

Devo tirar o chapéu para o departamento de imigração pela sua pontualidade e no cumprimento do que ele prometeu, na verdade eles fizeram mais do que prometeram pois, não só em 3 meses os documentos seriam analisados, como eles também me deram o visto!

Aproveito pra agradecer aos amigos, colegas de fórum, etc, que deram muitas dicas e apoio durante todo este processo, principalmente o Ricardo e a Flavia, que plantaram a sementinha da imigração em nós e deram o caminho da pedras.  Pra quem ainda está esperando o visto chegar: não desanimem, pois tenho certeza que ele está a caminho, e com certeza valerá a pena todo este tempo de dedicação, planejamento e espera,  pois a sensação de ver a grant letter no seu e-mail é fantástica!

Agora podemos partir pra segunda fase da nossa jornada, o planejamento antes da viagem. Temos muita coisa pra planejar e decidir, mas que irei planejar com muito prazer!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

"Os Agentes do Destino"

Neste fim de semana vimos um filme chamado “Os agentes do destino” (The Adjustment Bureau) que me fez refletir muito. O filme é baseado em um conto de Philip K. Dick (Blade Runner, Total Recall, e Minority Report, entre outros, também são baseados em obras dele). O filme conta a estória de um politico de que se apaixona de uma forma inusitada por uma mulher e tenta iniciar um relacionamento. Contudo, homens com estranhos poderes de interferir no futuro aparecem do nada e começam a pressioná-lo para que ele não dê continuidade a este romance porque isso poderá atrapalhar o futuro de ambos. Sem saber ao certo quem são essas pessoas, a única certeza que David possui é que precisará encontrar forças para enfrentá-los e encarar o que o destino lhe reserva.

O filme faz uma analogia com o destino e o livre-arbítrio das pessoas, questionando até que ponto os coisas acontecem por acaso e como podemos ou não mudar nosso futuro. Não vou contar todo o filme pra não perder a graça, mas recomendo muito a todos, principalmente a quem em algum momento de sua vida precisou que tomar decisões radicais e que para muitos pareceu loucura ou fora do curso normal do destino de uma pessoa comum.

Para nós o filme caiu como uma luva tanto na estória do nosso relacionamento como neste momento de nossas vidas em que parece que estamos tomando uma decisão louca de largar tudo e morar no outro lado do mundo, contrariando a toda lógica que a grande maioria das pessoas acredita. Em certos momentos parece que estamos “desafiando” o Adjustment Bureau da vida real, mudando a rota do nosso destino e indo contra a tudo e a todos por acreditar que esta decisão de mudar é a melhor, é o que acreditamos ser a nossa felicidade neste momento.

Imagino que muita gente vai se identificar com este filme, principalmente outras pessoas que tomaram a mesma decisão “louca” que tomamos e mudaram o seu destino. Este post vai para todos que tomaram a decisão de desafiar a lógica natural dos Agentes do destino para viver um sonho!

Grande abraço!
           

terça-feira, 19 de abril de 2011

A ansiedade mata...

 Depois de receber a surpresa do e-mail do DIAC em março nós resolvemos seguir a risca o que foi mandado no e-mail e adiantamos todos os documentos que faltavam. Os exames médicos foram feitos e já chegaram em Syndey, dia 02 de maio nosso status mudou no site da imigração mas apenas informando que os exames estão disponíveis para analise, parece que ninguém irá analisa-los antes de entrar o case officer. Além dos exames enviamos os antecedentes criminais junto com a tradução dos mesmo, nosso novo passaporte pois o antigo estava prestes a vencer e um formulário que eles pedem também.

Aí você me pergunta, e agora? Bom, agora só nos resta esperar, dia 18 de maio completará 2 meses que recebemos a carta e como eles deram um prazo de 3 meses, pode demorar mais outro longo mês...  O pior é que normalmente é possível ver o andamento do processo quando entra o caser officer, você entra no site e acompanha os documentos que ele já analisou a aprovou, mas nem sempre isso acontece. Como o departamento de imigração esta fazendo um plano pra agilizar os vistos, tenho visto gente falando que recebeu o visto sem mesmo ser contatada pelo CO, sem mudar nada no status do site, e isso eles dizem naquele e-mail. Dizem que você pode receber o visto sem ao menos receber nenhum contato por e-mail, bom ne? Nem tanto, pois ficamos sem saber o que esta acontecendo, de uma hora pra outra você pode receber uma boa ou má noticia e sofrer um ataque do coração, hehe.

Brincadeiras a parte, o que posso dizer é que esta tudo pronto pra acontecer mas nem sei quando vai acontecer e como vai acontecer, coisas de quem passa por este processo de imigração, normal, ou se acostuma ou vai acabar tendo um ataque de nervos... rs.

Espero que o próximo post venha com boas noticias, não aguento mais ficar enchendo linguiça, haha!

Abraço.


sexta-feira, 25 de março de 2011

E-mail do DIAC, como assim?

Bom, provavelmente quem tem acompanhado minha saga de perto ou esta passando pelo mesmo que eu já deve saber da surpresa que o DIAC pregou nos aplicantes semana passada. Depois de deixar claro que o visto permanente 175 poderia demorar de 18 a 24 meses e deixar todos sem nenhuma esperança de alguma novidade durante este ano todo, eis que me aparece um e-mail do departamento de imigração me dizendo que dentro de 3 meses minha aplicação será avaliada pelo Caser Officer. Eu leio isso em plena madrugada, chegando da bebedeira com os amigos, vejo que esqueci o pc ligado e aproveito para dar uma olhadinha nos e-mails que chegaram, claro que não dormi naquela noite, hehe.

Na verdade eu ja tinha feito uma planilha baseada em um site onde as pessoas colocam seu timeline dos vistos, e vi que o numero de aplicações vinha decrescendo substancialmente, me levando a acreditar que a fila iria andar mais rápido do que o previsto. Mas como o departamento afirmou este tempo absurdo de espera, quem sou eu para questionar. 

Enfim, apesar deste comunicado pessoal, direto e afirmativo que seremos avaliados em 3 meses, ainda sim estamos receosos com as noticias assim como todos que estão na mesma situação que nos. Muita gente vai esperar a confirmação da entrada do Caser Officer para mandar os exames médicos e antecedentes, mas acho que nós vamos pagar pra ver e acreditar no que eles estão nos dizendo.

Mês que vem vamos mandar os documentos que falta conforme eles estão solicitando, espero que isso adiante nosso processo no momento que aparece o bendito Caser Officer. 

Espero trazer mais novidades o quanto antes.
Dedos cruzados e o coração a mil!! 


quinta-feira, 24 de março de 2011

Missão de reconhecimento – parte V – Sydney

 Após quase um ano da nossa viagem de reconhecimento, estou aqui ainda sem ter acabado de descrever a viagem completamente. Não foi por falta de tempo ou de informações que eu parei de escrever, mas sim por falta de motivação. Depois que descobri que o tempo de espera para o visto estava entre 18 meses e 2 anos, minha motivação para escrever o blog caiu a zero, até porque não teria muito assunto pra falar por 2 anos se não houvesse novidades no processo. Enfim, aqui estou eu novamente depois de meses de greve.

Vou ser breve nesta ultima etapa da da viagem, já que nem sei se lembro mais os detalhes da viagem, hehe. De uma forma geral, nos aproveitamos os últimos dias em Sydney para fazer os passeios pagos. Compramos um passe livre pelas principais atrações da cidade e assim podemos entrar e sair quantas vezes quiséssemos. Visitamos museus, aquário, o famoso Opera House, a torre de observação, etc.

O que posse dizer de uma forma geral é que Sydney nos encantou desde a chegada, realmente esta seria a cidade perfeita para nos pois concilia os atrativos de uma cidade grande com as belezas naturais, muito parecido com o temos no Rio de Janeiro. As opções de atividade outdoors são infinitas, principalmente as praias e parques espalhados por todos os bairros.
 
Além do passeios, consegui reservar um dia para fazer mais uma visita a um escritório de arquitetura, e este eu tinha grande interesse em conhecer pois era o único escritório de restauro que eu consegui fazer contato. Eu diria que minha aventura pelos escritório australianos não poderia ter terminado melhor, conheci um escritório de renome na área, fui muito bem recebi pelo gerente de projetos, conversamos bastante sobre restauro e ele pareceu bem interessado no meu trabalho, acho que poderá render algum contato no futuro. No fim, ainda ganhei um livro dele, que conta o processo de restauração da Baia de Sydney, no qual eles foram os responsáveis pela parte do restauro. Espero poder entrar em contato com eles quando estiver por lá.

Desta vez vou ficar devendo as fotos, mas eu estou organizando um algum com todas as fotos da viagem, além de um site mais completo, que deve inaugurar quando nos realmente formos nos mudar, aguardem....

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Missão de reconhecimento - parte IV – Brisbane




            Depois de nossa passagem por Perth, seguimos rumo a Brisbane, capital do estado de Queensland.  Cruzamos novamente o pais, agora de oeste para leste, numa viagem que durou 3:30 de avião sobre o outback. Chegamos cedo na cidade e fomos deixar nossas coisas no albergue e depois bater pena pela cidade sem um rumo certo.
            Passeamos pelo bairro do nosso albergue, New Farm, conhecemos alguns parques, o rio que corta a cidade, a ponte principal e aproveitamos o dia de feriado pra curtir o dia junto com os australianos que se amontoavam nos parques fazendo “barbies” e muita farofa, hehe.











            No segundo dia acordamos cedo, pois eu tinha uma visita a um escritório, enquanto isso a Denise ficou lendo um pouco sobre as atrações da cidade. O escritório onde fui visitar era fantástico, era um galpão reformado, com aquele toque de arquiteto bem vanguardista. Fui entrevistado pelo dono do escritório, realmente parecia ser uma entrevista de emprego, o cara chegou com seu caderninho fazendo perguntas sobre meu trabalho e anotando tudo. Mostrei meu portifólio, comentei um pouco dos projetos e no fim ele pediu pra que eu mandasse mais detalhes do meu trabalho mostrando desenhos de plantas, detalhamentos etc. O interessante foi que ele me passou uma outra visão do mercado de trabalho, ouvi alguns arquitetos comentando sobre a diferença de técnicas construtivas e legislação entre Austrália e Brasil, mas para ele o mais importante é ter uma equipe com arquitetos com boas qualidades de projetar, de criação do que um funcionário muito técnico e pouco criativo. Isso me deixou bem empolgado, até porque eu penso da mesma forma.
            O arquiteto também mostrou alguns projetos da empresa, que realmente eram projetos bem interessantes, uma arquitetura bem sofisticada. Pelo visto ele deve pegar só filé mignon de Brisbane. O legal desta entrevista foi que ele se mostrou disposto em abrir o escritório pra quem quiser aprender mais sobre os projetos da firma, claro que apenas como visitante, mas de qualquer forma já foi um bom começo pra quem nem tem previsão de receber um visto. No fim a entrevista foi mais produtiva do que eu esperava, prometi enviar mais detalhes do meu trabalho e tentar manter contato, claro.
            Após a entrevista, aproveitamos o bom tempo pra dar um pulinho na praia. Na verdade não é uma praia, já que a cidade não fica no litoral, no centro da cidade tem um parque com diversas atrações culturais, museus, bibliotecas e uma praia artificial. A “praia” estava bem limpa e tranqüila, mas estávamos em pleno dia de semana, não como seria em um fim de semana de verão...










Dei um mergulho no “mar” só pra falar que entrei e depois fomos passear pelo parque. Visitamos alguns museus, passamos pela biblioteca central, que por sinal é fantástica, tinham varias opções de atividades (aluguel de livros, dvds, brinquedos, uso de internet, etc.) e depois voltamos pro centro almoçar e bater mais perna. Este foi um dia bem low profile, sem grandes objetivos, apenas caminhar pela cidade e sentir o dia a dia dos moradores. A ultima parada do dia foi visitar o botanic garden da cidade, como sempre muito bem cuidado e voltar pro hostel pra descansar.




















Nosso ultimo dia em Brisbane nós decidimos visitar outro zôo, pensamos em visitar umas praias próximas da cidade, mas estávamos um pouco cansados deste corre-corre, acabamos fazendo uma coisa mais light, conhecer mais da vida selvagem australiana. Acabamos vendo o mais do mesmo neste Zôo, tudo o que tínhamos visto em Melbourne nós vimos lá de novo. À tarde resolvemos voltar pro centro e visitar um museu de ciências onde você interage com os objetos fazendo experimentos e descobrindo alguns conceitos de física, química, etc. Na verdade o museu é mais voltado pra garotada, mas nós nos divertimos muito, voltamos à infância. Realmente deve ser muito divertido ser criança nas cidades australianas, em todo lugar que vamos tem algum equipamento voltado pra elas, quando não nos deparamos com um local como este feito só pra elas se divertirem.











Este foi nosso ultimo dia em Brisbane, como houve algumas mudanças no dia dos vôos, acabou que ficamos pouco tempo na cidade, mas ainda sim adoramos o local. Brisbane tem uns 300 mil habitantes a mais que Perth, mas a cidade parece ser mais concentrada, percebemos uma movimentação maior nos bairros, uma vida cultural e noturna, já que você tem um centro urbano muito maior, não se limitando apenas ao centro financeiro da cidade, o que para nós é bem mais interessante em termos de moradia, já que moramos em uma cidade totalmente urbana. Bom, nossa ultima parada será Sydney, desta vez com mais dias pra curtir a cidade melhor.