sábado, 4 de setembro de 2010

Missão de reconhecimento - parte II – Melbourne

Depois de passar 2 dias em Sydney passeando e tentando se adaptar ao fuso, pegamos um vôo para Melbourne. Chegamos na cidade no início de tarde, pegamos um ônibus no aeroporto e descemos na estão central de trens que era uns 200 metros do Hotel. Achei que seria um transtorno andar com as malas pelo centro da cidade, mas foi tudo tranqüilo, as calçadas são todas bem pavimentadas, com rampas em cada esquina para os cadeirantes, sinais sonoros, indicações no chão para os deficientes visuais (como tem aqui em bancos e outros locais privados aqui no Brasil). Começamos a perceber como as cidades australianas são bem adaptadas para todos, idosos, deficientes, crianças, mães com carrinhos de bebê, enfim, todos conseguem se locomover e usufruir das atrações da cidade.

Passamos no Hotel e fomos procurar um local pra almoçar e aproveitar à tarde pra conhecer parte do centro de Melbourne. Como já tinha falado, almoçar por aqui não é muito fácil e barato, e como era domingo, muita coisa estava fechada. Resolvemos comer em um japonês, pois pelo menos é uma comida saudável e por aqui é bem em conta. Depois iríamos perceber que o “japa” aqui é quase um fast-food, fica tudo já montado em bandejinhas, é só pagar e mandar pra dentro. Os sabores são bem parecidos com o que comemos por aqui, a diferença é que aqui rola muito os noodles (que é o macarrão tipo miojo e que normalmente vem numa sopa) também.

Com o bucho cheio, fomos em direção a praça principal de Melbourne, Federation Square, e acabamos passando por um festival da Etiópia, muita gente vestida a caráter, musicas, danças, comidas típicas. Depois passamos por um grupo de roqueiros reunidos em uma loja de musica, e assim fomos percebendo como Melbourne é uma cidade multi-cultural, apesar de vermos gente de varias culturas tanto aqui como em outras grandes cidades australianas, parece que a cidade tem uma efervescência muito grande de diferentes culturas, tribos, raças, nacionalidades, etc. Acho que poderíamos comparar Melbourne com São Paulo, tanto por ser a capital financeira da Austrália, como por suas características culturais, urbanas, geográficas, etc.

Chegando ao Federation Square nós ficamos curtindo umas apresentações de comedia que estava rolando, era um festival de stand-up comedy que estava acontecendo na cidade neste mês. Depois fomos conhecer o museu da imagem, ficamos horas brincando com os joguinhos, vídeos, etc., parecíamos duas crianças. Esta praça abriga diversas atrações, museus, bares e restaurantes, local pra show, etc. As pessoas realmente curtem passar o fim de semana neste local, é realmente bem agradável.

À noite fomo jantar ali perto do hotel. Ao longo do rio que corte a cidade existem uma área toda urbanizada e cheia de bares e restaurantes, seria o calçadão do povo daqui. Em um destes locais, existe um complexo comercial, onde fica situado um grande casino e seu hotel, além de um shopping com vários bares. Acabamos escolhendo uma pizzaria na beira do rio, que por sinal é um lugar ótimo pra curtir a noite. Bom, estávamos curtindo nossa pizza numa boa, quando de repente ouvimos um estrondo, um calor vindo de cima e uma bola de fogo. Após o susto lembrei que uma das atrações desta área é um show pirotécnico que acontece todo dia, de hora em hora nestas torres que ficam na beira do rio. É realmente um espetáculo, mas faz uma barulheira... hehe.

Estão central de trens.




Federation Square.


Predios do Federation e o bonde retrô para os turistas passeram de graça.

 
A praça cheia de gente.


O povo sentado assistindo o show.


Eu também achei meu lugar, hehe.


Museu da imagem.




Na beira do Yarra River.



Passeio pela beira do rio.


Jantar a noite com direito a show pirotécnico.


 

No outro dia acordamos e eu fui ligar pro primeiro escritório de arquitetura que eu tinha recebido uma resposta positiva. Foi muito engraçado, pois estava preparado pra falar com uma secretaria que me passaria pro dono do escritório, estava com o discurso montado na cabeça, mas quem me atende? O próprio dono. Fiquei meio gaguejando, foi ridículo, mas depois de uns minutos consegui marcar uma visita ao escritório no outro dia.

Aproveitamos o dia livre pra fazer um passeio turístico pelas redondezas. Queríamos conhecer a famosa Great Ocean Road, uma estrada que margeia o litoral, onde se podem ver paisagens lindas das falésias e praias. Mas infelizmente este passeio sai muito cedo, portanto tivemos que seguir pra opção 2, conhecer a vida selvagem australiana.

Quase que perdemos este passeio também por causa do horário, mas acabamos chegando a tempo. Foi um passeio legal, vistamos alguns zôos com coalas, cangurus e outros animais nativos, visitamos uma fazenda de ovelha (muito tradicional no país) e por fim fomos na ponta do continente assistir a chegada dos pingüins que passam a noite neste local. Para quem nunca tinha visto estes animais o passeio foi válido, mas poderíamos ter visto tudo isso em outras cidades. Na verdade eu esperava mais do passeio pelo preço que pagamos.

Denise com o coala.


Denise com o Wallaby (é uma raça de canguru pequena, não é filhote não).


Praia de surfista.


Fazenda de ovelhas.

Ponta mais extrema do continente.







Arquibancada para assistir os pinguins chegarem.



No outro dia acordamos cedo para ir ao escritório de arquitetura. Pegamos um trem até lá, a Denise ficou fazendo uma hora na rua enquanto eu fui fazer a visita. Foi uma surpresa pra mim quando cheguei à porta, pois percebi que era um micro escritório, foi por isso que o próprio dono atendeu o telefone. O escritório fica em uma rua cheia de lojinhas e o arquiteto pegou uma delas e transformou em escritório. O escritório é apenas uma grande sala onde tem umas 5 mesas no máximo e naquela hora tinham 2 pessoas trabalhando alem dele, parecia muito com o escritório onde eu trabalhei. O papo foi bem legal, o arquiteto foi muito atencioso, me mostrou seus trabalhos, perguntou sobre os meus, mostrei meu portifólio, falamos de arquitetura, etc. Claro que entrei no assunto, mercado de trabalho para estrangeiros, e ele disse que não há problema nenhum quanto a isso, até porque praticamente 50% da população são de imigrantes. A única coisa que ele deixou claro é que o escritório dele é bem pequeno, e raramente tem vagas pra arquitetos. Mas quando soube que trabalho com restauro, me passou um contato de uma empresa de restauro, enfim, no final valeu pra quebrar o gelo da língua e da primeira “entrevista” e perceber que a receptividade com o estrangeiro parecer ser boa.

Depois deste primeiro encontro fomos passear pelo bairro “praiano” de Melbourne, St. Kilda. Na verdade Melbourne fica situada no final de uma baía, portanto as praias de lá ficam nesta poça. O bairro é legal, uma antiga área portuária, que hoje em dia virou um point de bares, restaurantes, lojas, etc. Passeamos pelas ruazinhas de lá, almoçamos em um restaurante chinês desta vez (o quer tem de “ling-ling” neste país não esta no gibi), e caminhamos pela praia. No fim da tarde ainda deu tempo de dar mais uma voltinha no centro curtindo o fim de tarde.

Doces da Australia, lindos de se ver, mas nao tem gosto de nada.


Parque tradicional de Melbourne.


St Kilda beach.




Nova estação de trem.




O ultimo dia em Melbourne foi dedicado mais uma vez ao centro da cidade, realmente tem muita coisa pra ver no centro. Batemos perna por tudo que é canto, pela margem do rio, pelos parques, por edificações históricas, etc. O legal deste dia foi que a Denise pode passar em frente da suprema corte e ver os advogados andando com as togas e perucas, bem estilo inglês mesmo. É muito engraçado pois as mulheres prendem o cabelo e colocam a peruca no “cucuruco” da cabeça, mas ela não cobre a cabeça toda, fica ridículo mas eles acham o maior status isto, pois afinal eles são os advogados da rainha.



Calçadão da cidade.







Yarra River.



Parques.







Chinatown.





Suprema corte.


Outra corte, sei la qual é esta. Reparem no advogado com a peruquinha ridicula! hehe.


Estacão de trem.
Bom, esta foi nossa passagem por Melbourne, saímos de lá com uma ótima impressão da cidade, mas realmente não é muito o nosso estilo de vida. Gostamos de sol, um clima mais quente, praias, atividades ao ar livre. Esta cidade esta no fim da nossa lista de opção pra se morar, hehe. Próxima parada Perth. Até lá!

Um comentário:

  1. Oi Thiago e Denise!
    Antes de mais nada, obrigada por seguirem o meu blog. Hoje dei uma lida no blog de vocês, e espero que os preparativos estejam andando como esperado. Dá um trabalhão fazer esta mudança, mas vale a pena. Eu, meu marido e minha filhota estamos aqui há 4 meses, moramos em Melbourne e estamos gostando muito. O único defeito de Melbourne, na minha opinião, é ser tão longe do Brasil. Vou incluir o blog de vocês no meu blogroll, ok?
    Esperaremos vocês aqui em Melbourne, hein?!
    Um abraço
    Livia

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